Empresa vendeu um galpão logístico em Salvador e um Betim (MG) por R$ 510 milhões para um fundo imobiliário gerido pelo BTG Pactual
A venda pela Log CP de um galpão logístico em Salvador e um Betim (MG) por R$ 510 milhões para um fundo imobiliário gerido pelo BTG Pactual, anunciada nesta sexta-feira (19), mostra que a empresa está no caminho certo para reduzir o risco do balanço, diz o Citi.
O analista André Mazini escreve, em relatório, que sua estimativa para a taxa de capitalização é de 7,7%, o que aliado a um rendimento sobre custo de 13% possibilita uma margem bruta de venda de 41%.
Segundo ele, no entanto, houve financiamento ao vendedor, com a Log recebendo 56% no momento da venda e 44% 24 meses depois, ajustado pela inflação do IPCA, um esquema de pagamento do qual os fundos imobiliários gostam pois podem entregar maiores rendimentos de dividendos de 14%.
O BTG Pactual também avalia a venda como positiva uma vez que reforça a capacidade da empresa de continuar gerando valor por meio da reciclagem de ativos, diz o BTG Pactual.
Os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio escrevem, em relatório, que a transação implica uma valorização de cerca de R$ 3.700 por metro quadrado de área bruta locável e uma taxa de capitalização de cerca de 8%, o que significa uma boa margem bruta de 41%.
Os analistas afirmam que ao vender ativos em construção pela primeira vez, a companhia abre espaço para mais transações, já que atualmente está incorporando muitas propriedades. Eles lembram que a transação envolve um galpão em Salvador e um em Betim, e o de Salvador compreende três fases, sendo duas já concluídas.
O Itaú BBA também vê a operação como positiva, dado que implica uma taxa de capitalização ligeiramente inferior aos 8% obtidos pelas últimas transações e abaixo do rendimento de dividendos de 9% para fundos de investimento imobiliário (FII) de armazéns.
Em relatório da área de análise, o banco destaca que a venda foi concluída a cerca de 1,0 vez o valor patrimonial líquido, enquanto as ações da Log CP estão sendo negociadas a 0,6 vez.
“A empresa já registrou R$ 1,7 bilhão em vendas de armazéns nos últimos 12 meses e reforçou que esse movimento deve continuar nos próximos trimestres”, diz o relatório.
Cristiana Euclydes e Victor Meneses