O mercado de galpões logísticos continua aquecido. Vários fatores têm contribuído para o crescimento, como a expansão do comércio eletrônico e dos portos, bem como pelo investimento das empresas em fábricas e centros de distribuição, visando seus planos de longo prazo.
Eu conversei com o diretor executivo de Operações da Log, Marcio Siqueira, e ele me disse que 2024 foi um ano de resultados recordes para o setor de logística. De acordo com o executivo, a Log, que é uma das maiores construtoras e administradora de galpões logísticos do país, está apostando nos três estados da Região Sul e, nos próximos dois anos, deve entregar mais de 132 mil metros quadrados de área bruta locável, com investimento de R$ 310 milhões. O Sul do País representa 15% do plano de crescimento da companhia
Eu perguntei ao diretor da Log sobre a construção de galpões logísticos no Paraná, e ele me informou que, nos últimos dez anos, a empresa já investiu mais de R$ 220 milhões no Estado, nas unidades de São José dos Pinhais e Londrina, que contam com 90 mil metros quadrados de área locável. Um novo galpão logístico está em construção em São José dos Pinhais, com 40 mil metros quadrados de área, e deve ser entregue em 2025.
No total, o Paraná conta com uma área bruta locável de 750 mil metros quadrados de galpões logísticos e mais 124 mil metros quadrados em construção.
Marcio Siqueira me disse que embora a Log esteja presente em todo Brasil, a Grande Curitiba é uma região de forte consumo, favorecida por uma boa média salarial.
Em relação a preços, o diretor da Log me informou que antes da pandemia havia uma grande diferença de preço de locação entre São Paulo e as demais regiões, o que hoje não mais acontece.
Nos últimos três anos, o preço médio de locação que hoje é de R$ 27 por metro teve alta de 34%.
A taxa de vacância é bem baixa. No caso específico da Log, a taxa de vacância no Paraná é quase zero.
Considerando os empreendimentos que devem entrar no mercado ainda este ano e a absorção líquida similar à observada nos últimos três anos, a taxa de vacância nacional deverá ficar próxima de 9% no final de 2024.
Diante dos baixos índices de desocupação, o preço médio pedido deverá aumentar nos próximos meses devido à baixa oferta em algumas regiões, ao alto custo de construção e à escassez de terrenos, principalmente nos grandes centros urbanos.